Alunos do UNASP passam para fase estadual na Olimpíada Brasileira de Informática
A OBI é realizada em três fases: local, estadual e nacional.
Texto: Ana Júlia Alem
Três alunos dos cursos de Sistemas de Informação e Engenharia da Computação do UNASP campus Hortolândia conquistaram a classificação para a fase estadual da Olimpíada Brasileira de Informática (OBI). A competição nacional desafia estudantes a resolver problemas de programação e raciocínio computacional. Os classificados foram André Pereira, Gabriel Araújo e Ian Bergamin.
A conquista veio após a participação na modalidade Programação Nível Sênior, destinada a calouros de graduação, com provas aplicadas no campus no dia 12 de junho. Antes disso, os participantes passaram por um encontro de orientação e por uma “Fase 0”, que permitiu conhecer o ambiente de testes, garantindo mais segurança e preparo para o desafio.
A segunda fase da Olimpíada Brasileira de Informática aconteceu ontem, com os competidores realizando a prova diretamente em seus campi de faculdade. Agora, os alunos do UNASP campus Hortolândia aguardam com expectativa o resultado para saber se avançarão à fase nacional da competição.
Olimpíada Brasileira de Informática
A Olimpíada Brasileira de Informática (OBI) é organizada nos moldes de outras olimpíadas científicas brasileiras, como Matemática e Física, realizada pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC). A competição é individual e seu objetivo é despertar nos alunos o interesse pela ciência através de atividades que envolvem desafio, criatividade e engenhosidade. A OBI é organizada em duas modalidades – Programação e Iniciação –, e cada uma delas é dividida em níveis.
A prova da modalidade de programação é composta de tarefas com níveis variados de dificuldade, como estrutura de dados, algoritmos e técnicas de programação. Já na modalidade de iniciação, alunos que ainda não têm conhecimento de programação competem resolvendo problemas de lógica e raciocínio computacional, apenas utilizando lápis e papel. Segundo a organização da OBI, além de detectar talentos, o objetivo desta modalidade é despertar o gosto pela programação de computadores.

A Olimpíada Brasileira de Informática é realizada em três fases: local, estadual e nacional. As provas da fase local e estadual são realizadas na instituição em que os alunos realizaram a inscrição, enquanto a fase nacional é realizada em sedes designadas pela organização da OBI, preferencialmente universidades localizadas nas capitais dos estados ou em cidades com grande concentração de competidores classificados.
O coordenador dos cursos de Sistemas de Informação e Engenharia da Computação, Alciomar Hollanda, afirma que a participação na Olimpíada Brasileira de Informática é uma oportunidade valiosa para os estudantes ampliarem seus conhecimentos e se aproximarem das práticas exigidas pelo mercado. “Grandes empresas de tecnologia, como Meta, Google e IBM, utilizam testes de programação para selecionar os melhores candidatos, e a OBI permite que nossos alunos tenham contato com esse tipo de desafio”, complementa.
Além disso, ele lembra que, segundo a Sociedade Brasileira de Computação, organizadora do programa, a OBI busca estimular o interesse pela computação e ciências em geral, introduzir o raciocínio computacional e técnicas de programação nas escolas e identificar talentos para incentivá-los a seguir carreiras nas áreas da ciência e tecnologia.
O caminho dos classificados
A preparação para a Olimpíada Brasileira de Informática exige prática intensa e familiaridade com o estilo das questões. Muitos participantes resolvem provas de anos anteriores para treinar o raciocínio e aprimorar suas habilidades de programação, recorrendo a recursos como inteligências artificiais para esclarecer dúvidas sobre algoritmos e lógicas mais complexas. Foi seguindo essa linha que Gabriel Araújo, aluno do segundo semestre de Engenharia da Computação do UNASP campus Hortolândia, se preparou para a competição.
O interesse em usar programação e lógica para resolver problemas foi o principal impulso para a participação de Gabriel Araújo na Olimpíada Brasileira de Informática. Para ele, a competição representa uma oportunidade de colocar em prática essas habilidades, com o bônus de conquistar medalhas que agregam valor à trajetória acadêmica e profissional. O incentivo constante dos professores e da família, aliado ao desejo de superar o desempenho obtido no ano anterior, completou a motivação para encarar o desafio novamente.
Para Ian Bergamin, também aluno de Engenharia da Computação, a classificação para a segunda fase da OBI foi motivo de surpresa e satisfação. “Realmente me impressionei com o resultado, por mais que tenha sido bem em cima da linha, fiquei muito feliz”, comemora. Ele destaca que o maior desafio na primeira etapa foi lidar com operações em Python pouco familiares, o que evidenciou a importância da prática constante. Na sua visão, participar da competição desenvolve habilidades que vão além da programação e da lógica, como “coragem e determinação para enfrentar desafios desconhecidos”.

Entender o padrão das questões e identificar problemas recorrentes foi a estratégia adotada por alguns competidoes para ganhar tempo na resolução. Entre eles, André Pereira, estudante de Sistemas de Informação, que viu o esforço render bons resultados. Ele ressalta que a competição exige atenção à perfomance do código, habilidade essencial para qualquer programador.
Mais do que aprimorar conhecimentos técnicos, André acredita que eventos como a Olimpíada Brasileira de Informática oferecem experiências que extrapolam a sala de aula. Segundo ele, essas competições ajudam a melhorar a capacidade de pesquisa, estimulam o interesse pela programação e permitem identificar pontos de melhoria no próprio desempenho. “Acima de tudo, a OBI oferece experiências únicas e ainda fortalece a colaboração entre os participantes”, conclui.