Museu de Ciências Naturais do UNASP é reinaugurado
A nova exposição foi inaugurada durante a programação comemorativa dos 110 anos do UNASP.
Texto: Vefiola Shaka | Edição: Victor Bernardo
O UNASP campus São Paulo celebrou, no dia 17 de maio, a reinauguração do Museu de Ciências Naturais professor Orlando Ritter, um espaço dedicado à divulgação científica e à educação em ciências. Modernizado e com nova proposta expositiva, o museu foi oficialmente reaberto ao público durante a programação comemorativa dos 110 anos da instituição, em um momento simbólico que reafirma o compromisso do UNASP com uma formação que une conhecimento acadêmico e espiritual.

A cerimônia de reinauguração contou com a presença de professores, coordenadores e líderes da área científica da Igreja Adventista, além de estudantes e visitantes que puderam explorar em primeira mão os novos ambientes e recursos do museu. A ocasião marcou não apenas a entrega de um espaço revitalizado, mas também o fortalecimento de uma proposta pedagógica que valoriza o diálogo entre ciência e fé, uma característica que tem sido preservada ao longo da trajetória centenária da instituição.
Para o doutor Enios Carlos Duarte, diretor do museu, este momento representa um recomeço. Ele ressalta que o espaço renasce com a missão renovada de ser um espaço de curiosidade, reflexão e aprendizagem. Segundo ele, o ambiente foi pensado para despertar nos visitantes o interesse pela história da vida, da Terra e pela complexidade dos seres vivos. “A proposta é contribuir com o processo de ensino e aprendizagem, reforçando o papel do museu como um espaço de divulgação científica”, destaca.
A nova exposição do Museu de Ciências Naturais
A nova exposição foi organizada em eixos temáticos que abrangem desde a formação do planeta até a diversidade biológica. O visitante encontra agora um ambiente mais moderno, acessível e interativo, com painéis, expositores de minerais, rochas, fósseis, conchas, esqueletos, insetos e outros elementos da natureza. A experiência foi cuidadosamente desenhada para estimular a observação e o pensamento crítico de forma visual e dinâmica.
De acordo com o professor Duarte, o museu está preparado para receber tanto estudantes da educação básica quanto do ensino superior, além do público em geral, por meio de visitas guiadas previamente agendadas. As atividades serão planejadas para contextualizar o conhecimento científico e permitir que os visitantes ampliem os saberes adquiridos em sala de aula.

A reinauguração também foi acompanhada com entusiasmo por Tiago Alves, doutor em Ciências Biológicas e diretor do Museu de Ciências das Origens no UNASP campus Engenheiro Coelho, que vê nos museus um elo importante entre educação e vivência prática.
Para ele, esse tipo de espaço estimula o respeito pela biodiversidade e pela história da vida na Terra, ao mesmo tempo em que promove uma forma mais concreta e envolvente de aprendizado. “A observação direta de rochas, fósseis e animais preservados facilita a compreensão de conceitos científicos complexos, tornando o aprendizado mais prazeroso e duradouro”, afirma.
Além da educação
Mas o impacto vai além da educação formal. O doutor Francislê Neri de Souza, diretor do Geoscience Research Institute (GRI) da Divisão Sul-Americana, elogiou a iniciativa como um marco importante para a formação acadêmica, espiritual e missionária dos estudantes adventistas. “Os museus do UNASP não são apenas centros de exposição, mas verdadeiros laboratórios de aprendizagem e fé, que revelam as digitais do Criador na natureza”, pondera.
Sem mencionar diretamente os desafios contemporâneos enfrentados por instituições religiosas, Francislê também fez questão de destacar o caráter visionário do projeto, que resiste à tendência de secularização e reforça uma identidade institucional baseada na integração entre a cosmovisão bíblica e os conhecimentos científicos. “É uma educação que une fé e ciência”, pontua, reconhecendo o trabalho dos diretores dos museus e reiterando o apoio do GRI para que projetos como esse continuem florescendo.
Mais do que uma reestruturação física, a reinauguração do Museu de Ciências Naturais do UNASP São Paulo representa a reafirmação de um ideal educacional, sempre guiado pelos princípios cristãos.