Projeto Missão na Veia mobiliza estudantes em prol de comunidades vulneráveis

O UNASP campus Hortolândia deu início, no último sábado (7), ao projeto Missão na Veia, uma iniciativa liderada por alunos do curso de Medicina que une solidariedade e aprendizado prático. A primeira ação aconteceu na ONG Monte Sinai, em Hortolândia, e marcou o começo de uma série de atividades que serão realizadas aos sábados, em diferentes comunidades da região.

Missão na Veia

O projeto Missão na Veia surgiu a partir do desejo de promover ações sociais que unissem formação acadêmica e compromisso humanitário. O programa propõe atividades semanais em ONGs e comunidades da região, sempre aos sábados. A iniciativa busca desenvolver, nos estudantes, uma atuação mais empática e sensível às necessidades da população. As ações incluem feiras de saúde, momentos de acolhimento, visitas, orientações educativas e doações.

Inspirado na figura de Jesus como modelo de cuidado e entrega, o projeto é um convite à vivência do propósito cristão de servir. “Quando nos dispomos a cuidar do outro, nossas próprias dores ganham um novo sentido. Somos transformados no processo”, afirma Morgana Viana, coordenadora do Residencial Universitário e uma das idealizadoras da iniciativa. A proposta, segundo ela, é fazer com que o desejo de missão corra, de fato, nas veias dos estudantes — unindo “técnica, fé e serviço em cada ação realizada”.

Atualmente, o projeto é liderado por estudantes de Medicina do UNASP, que assumem o protagonismo das ações desde o planejamento até a execução nas comunidades. A equipe organizadora atua como apoio, oferecendo direcionamento e estrutura, mas é dos alunos a responsabilidade prática de fazer acontecer. As atividades ocorrem semanalmente, aos sábados, em parceria com ONGs da cidade de Hortolândia, e a proposta é, futuramente, ampliar a participação para alunos de outros cursos que compartilhem do mesmo espírito de missão.

Impacto social e espiritual

O estudante de Medicina Kerys Lacerda costuma dizer que os sábados dedicados à projetos missionários são os momentos em que ele mais descansa. “Foi gratificante demais servir ao próximo e cumprir o chamado que Jesus nos fez de mostrar o amor dEle para os outros”, comenta. Segundo ele, o contato direto com as comunidades evidencia as diferenças sociais, mas também reforça a humanidade comum a todos e a necessidade universal do amor divino.

Além do aspecto espiritual, o projeto tem um impacto profundo na formação profissional dos participantes. Kerys ressalta que a vivência no Missão na Veia vai além dos procedimentos técnicos da Medicina, promovendo o desenvolvimento da empatia e a capacidade de transmitir segurança aos atendidos. O contato com comunidades de infraestrutura limitada, como uma região rural de Hortolândia, ampliou sua visão sobre as desigualdades locais e a importância de reconhecer diferentes realidades sociais.

Henry Leal vivenciou no Missão na Veia sua primeira experiência completa em ações comunitárias, desde a organização até o atendimento direto. Para ele, orientar as pessoas e ouvir suas histórias despertou um senso maior de responsabilidade e empatia. “Minha voz seria muito ouvida ali, então eu tinha o dever de dar o meu melhor”, afirma. O contato com as crianças também marcou sua trajetória e reacendeu o desejo de atuar com o público infantil na área da saúde.

Para ampliar o alcance das ações, o Missão na Veia conta com o apoio da comunidade. O projeto precisa de doações de materiais, voluntários dispostos a colaborar nas atividades e caronas para transportar os alunos até os locais de atuação. Quem desejar contribuir de alguma forma pode entrar em contato diretamente com a equipe Residencial Universitário do campus.